Mais vale um grama de prevenção do que um quilo de tratamento

A raiva é uma infecção viral aguda que é transmitida para seres humanos a partir da mordida, lambida ou ferida causada por animais infectados. O vírus causador da doença acomete o sistema nervoso central do hospedeiro, ocasionando uma encefalite (inflamação no cérebro que causa inchaço no mesmo) que geralmente evolui rapidamente para a morte do paciente.

Por ser transmitida de animais para seres humanos é considerada uma zoonose, em casos raros o vírus pode ser transmitido entre homens, através de transplante de órgãos onde o doador foi ou está infectado com o vírus.

A doença é considerada fatal, pois seu índice de letalidade é de aproximadamente 100%. A infecção através de animais domésticos é controlada em várias partes do mundo, porém animais silvestres também podem transmitir o vírus. Pode atingir qualquer país, salvo áreas nas quais a doença é considerada erradicada, como na Antártida, Japão, Reino Unido e outras ilhas. Mas aqui em  Campinas confirmou-se já  26 casos de raiva em morcegos em 2018 e supera número de 2017 inteiro.

Em 2017, a raiva também provocou outros casos na região norte do país. Após serem mordidas por um morcego hematófago, duas crianças morreram por causa da raiva e outra, sobrevivente, permaneceu com sequelas.

Dentro do período de 2010 a 2017, foram registrados 25 casos de raiva humana, sem nenhum caso notificado no ano de 2014. De acordo com o Ministério da Saúde, os casos registrados se encaixam em esporádicos e acidentais. Entre os 25 ocorrido no período, 9 foram causados por contato com cachorros infectados, 8 por morcegos, 4 por macacos, 3 por felinos e 1 deles não foi identificado.

Causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae, é transmitida pela saliva infectada de animais. Esse vírus é atraído pelas células do sistema nervoso periférico após ser absorvido pela pele, a partir de então o vírus começa a se movimentar lentamente nos nervos, cerca de 12 milímetros por dia, em direção ao sistema nervoso central com.

O vírus é transmitido por mordidas, lambidas ou machucados causados por mamíferos contaminados. Contato com a pele do animal não oferece riscos. Na maioria dos casos a contaminação ocorre por cães ou morcegos. O mais comum é a transmissão por animais domésticos e selvagens :

Gatos; Cachorros; Vacas; Furões; Cabras; Cavalos.

Animais domésticos tem o período de transmissão de 2 a 3 dias antes do surgimento dos sintomas clínicos. E a morte dos mesmos pode acontecer entre 5 e 7 dias após a manifestação sintomática.

Animais selvagens

Morcegos; Castores; Lobos; Raposas; Macacos; Guaxinins; Gambás;

Os morcegos transmitem o vírus da raiva entre si. Na região de Campinas, a maioria das espécies se alimenta principalmente de sementes e frutas, além de insetos, portanto o risco de contaminação pela mordida dele é muito baixo. “Eles são importantes para a manutenção da natureza no meio urbano em que vivemos. Por se alimentarem de plantas, ajudam até mesmo no replantio de árvores”. Fique atento seu cão, gato ou mesmo uma pessoa tentar pegar um morcego caído, ainda que não seja hematófago (que se alimenta de sangue), ele pode instintivamente morder por comportamento de defesa. 'Caso esteja infectado pelo vírus da raiva, pode transmiti-lo através da saliva'.

Nas situações em que o morcego é encontrado em contato com o animal de estimação, seja cachorro ou gato, o correto é aplicar o reforço da vacina. “É importante manter a vacinação atualizada e isso deve ser feito anualmente. Mesmo assim, em caso de contato direto, o animal imediatamente recebe outra dose”.

FRANCIS FLOSI – MÉDICO VETERINÁRIO CRMV.SP – 3154 DIRETOR DA FACULDADE QUALITTAS

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