Posso oferecer carne para o meu pet?
Quem nunca cedeu a um olhar pidão do cachorro ou gato e ofereceu um pedaço de algo que está comendo? E quando esse pedaço é de um suculento bife ou aquela bisteca saborosa? Sabemos que cães e gatos amam carnes, afinal, são animais carnívoros de fato. O importante é saber quando e como oferecer carnes dentro da dieta do seu pet sem assumir riscos à saúde do animal. Entenda a relevância, riscos e benefícios do uso de carnes frescas na alimentação do seu cão ou gato para garantir uma dieta prática, saudável e segura.
Por que cães e gatos devem comer carne?
A carne, seja ela de bovinos, ovinos, suínos, aves ou pescados é saudável para cães e gatos. Por ser um alimento de origem animal, contêm todos aminoácidos essenciais em boa quantidade e disponibilidade.
Veja quais são os benefícios da carne na composição da dieta:
- Atratividade: as propriedades que aguçam o apetite dos carnívoros são mantidas nas carnes. O sabor e o odor mais pronunciados resultam em um produto altamente atrativo para cães e gatos.
- Digestibilidade: como é um ingrediente natural nobre e sem mistura com outros resíduos animais, a digestibilidade da carne é superior.
- Perfil das proteínas: ingredientes naturais de origem animal mantêm a integridade e o perfil dos aminoácidos que formam as proteínas.
- Respeito à natureza do animal: além de suprir as necessidades nutricionais, a dieta deve atender às características alimentares da espécie em questão. Isso contribui para o bem-estar e a saúde do pet.
Mas, atenção! É preciso critério e muito preparo para incluir as carnes na dieta. A intenção de todos ao dar carnes é melhorar a saúde e agradar o seu animal de estimação. Porém, não é simples alimentá-los à base de comidas caseiras, por mais que sejam ingredientes selecionados, como carnes frescas.
Se você deseja oferecer uma dieta específica para o seu pet e que contenha carnes na composição.
Os perigos da alimentação caseira
A alimentação caseira é aquela em que o tutor opta por preparar o alimento do pet por conta própria, utilizando alimentos comprados em supermercados ou outros pontos de venda, com o acompanhamento obrigatório de um nutricionista animal. Para alimentar adequadamente um cão ou um gato somente com alimentação caseira, é necessário que o tutor leve em conta todos os riscos envolvidos, que vão exigir diversos cuidados e preparações para que a dieta seja nutritiva, adequada às particularidades do animal em questão e segura. Veja abaixo os 10 principais riscos da alimentação caseira para os pets:
1 – Falta de nutrientes essenciais: Cães e gatos são carnívoros, então muitos pensam que oferecer apenas carnes seja suficiente. Carnes são saudáveis, porém uma dieta que tenha somente carne estará completamente desequilibrada e com carências nutricionais. Existem dois pontos a considerar nessa questão.
- O primeiro é que na natureza cães selvagens, lobos, e felinos em geral não comem só carne. Ao abater uma presa, eles ingerem primeiramente todas as vísceras. Nelas estão a maioria dos micronutrientes (vitaminas e minerais), inclusive dentro do sistema digestivo estão alimentos que fazem parte da dieta da presa. A maioria dos animais predados por carnívoros são herbívoros (se alimentam só de plantas) e onívoros (comem de tudo um pouco), o que resulta em um sistema digestivo riquíssimo em nutrientes. Portanto, os alimentos pré-digeridos nos estômagos das presas são aproveitados pelos carnívoros. Além disso, há a ingestão de sangue, ossos, pele, e outras partes além da carne em si (que é o músculo). Por fim, além das presas, os carnívoros coletam eventualmente outros alimentos que não dependem da caça ativamente, como frutas, gramíneas, legumes e restos alimentares de outros animais.
- O segundo ponto é que cães e gatos têm sido domesticados há milhares de anos, o que acabou modificando um pouco suas características alimentares. Os pets de hoje estão longe de serem animais selvagens, e a dieta deles, apesar de ser parecida, não é idêntica à dos seus ancestrais.
2 – Erros de formulação: Ao oferecer uma dieta caseira, é necessário calcular minuciosamente todas as quantidades de macro e de micronutrientes. Isso só pode ser feito por um especialista em nutrição de cães e gatos, que possui a formação técnica necessária e o acesso à literatura científica para poder formular uma dieta com exatidão. E mesmo com a ajuda de um profissional habilitado, o tutor tem que se atentar bem na hora de montar a refeição do pet.
3 – Dificuldade de conservação: ao preparar uma refeição com ingredientes in natura será necessário conservar um grande volume de alimentos no freezer e/ou refrigerador. Alimentos frescos (principalmente carnes) não devem ficar mais do que 3 dias na geladeira, e devem ser congeladas caso não sejam usados neste período. Algumas pessoas optam então por já comprar congelado, mas isso demanda bastante espaço livre no congelador. Vale lembrar que cães são pouco seletivos, e muitas vezes comem alimentos estragados sem pestanejar, portanto, cabe ao tutor checar a condição do alimento oferecido. E gatos, por sua vez, são seletivos demais, podendo recusar até alimentos frescos e de boa qualidade.
4 – Dificuldade de encontrar os ingredientes: para suprir todas as necessidades do animal é preciso oferecer uma gama ampla de ingredientes na dieta. Como nós dissemos anteriormente, não serão só carnes. Encontrar todos esses itens em supermercados nem sempre é fácil, obrigando o tutor fazer adaptações periodicamente.
5 – Intoxicações, intolerâncias e obstruções: existe uma série de alimentos comuns ao nosso dia a dia, mas que são perigosos para cães e gatos. Alguns como uva, alho, cebola e abacate, por exemplo, são tóxicos. Outros como ossos e vegetais fibrosos podem causar obstruções intestinais graves.
6 – Necessidade de suplementação: na maioria das dietas caseiras existe a necessidade de suplementação, pois alguns micronutrientes são muito difíceis de serem encontrados em quantidade suficiente nos alimentos que temos à disposição. Geralmente, o tutor tem que comprar alguma fórmula comercial ou manipulada, receitada por um médico veterinário para adicionar na alimentação do pet.
7 – Forma de preparo: descongelar, cozinhar ou assar, e aquecer os alimentos é trabalhoso. Além disso, o processo de cocção não é igual para todo ingredientes Vegetais, por exemplo, tem que ser muito bem preparados para garantir uma boa digestibilidade.
E como oferecer carne de maneira saudável e segura?
A boa notícia é que já existem alimentos completos e balanceados que contém carne na composição. Pensando nisso, a Indústria busca sempre desenvolver alimentos que respeitem as particularidades alimentares de cães e gatos. A presença de carne é uma das várias características que as linhas de produtos apresentam nesse sentido:
- Mais de 90% das proteínas são de origem animal
- Sem cereais
- Conservada apenas com conservantes naturais
- Utiliza fontes inovadoras de proteína animal e de carboidrato, veja a seguir.
Fontes inovadoras de proteína animal
A qualidade da fonte de proteína animal é fundamental para que o animal possa aproveitar todos os nutrientes de forma excelente. A Indústria utilizando apenas matérias-primas de altíssima qualidade, adquiridas de fornecedores cadastrados e fiscalizados, onde acontecem minuciosas análises dessas matérias-primas regularmente. Confira quais são as fontes inovadoras de proteína animal.
Carne de Cordeiro: Tem uma proporção de nutrientes parecida com a carne bovina, mas contém uma quantidade maior de ácido linoleico conjugado (CLA). Essa substância é conhecida por auxiliar em processos fisiológicos relacionados ao metabolismo da gordura, ajudando na manutenção da massa corporal magra. Esta que auxilia na manutenção ou restauração do peso ideal, e formulada para animais com sensibilidade digestiva, ou que necessitam de uma melhor digestibilidade dos alimentos.
Carne de Pato: é uma ave assim como o frango, porém tem um sabor diferente. Uma característica importante é que por ser uma proteína pouco usual, é muito útil para animais que apresentam algum tipo de alergia ou intolerância alimentar. Este ingrediente é para a sensibilidade na pele, onde se utiliza a carne de pato por esse motivo. Outro uso com este ingrediente serve para gatos com tendência a problemas urinários.
Carne de Peixe: os peixes são alimentos muito interessantes para cães e gatos por oferecerem uma proteína animal com menor quantidade de gordura, e por serem ricas em ômega 3, um ácido graxo conhecido por apresentar muitas propriedades benéficas para a saúde. Muitos cães e gatos não entraram em contato ainda com a proteína dos pescados, assim é uma opção também para animais que apresentam alergias ou intolerâncias alimentares. Cães e gatos podem se beneficiar dos benefícios da carne de peixe ao se alimentarem com opções de carne de tilápia e de salmão.
Por fim, para ter acesso a esses produtos você pode contar com a ajuda do Plano Nutricional das empresas que hoje investem nesta inovação e diversificação alimentar dos cães e gatos com a finalidade de ofertar uma maior qualidade de vida a estes animais. Com esse Plano a ser apresentando, você vai terá a indicação de uma dieta que levará em conta as características do animal de estimação, como idade, gênero, peso, condição de saúde, entre outras.
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