Trabalhos nobres dos cães

Que os cães são companheiros incríveis, isso nós sabemos muito bem. O que nem todo mundo sabe, é que eles também desempenham funções muito importantes para o homem. Recentemente, falamos em um artigo sobre cães de trabalho e suas habilidades, e hoje vamos abordar as outras funções, as mais nobres, desses animais.

Cães-Guia

Os cães-guia possuem a função de melhorar a qualidade de vida dos portadores de deficiência visual ao permitir que eles desenvolvam tarefas do cotidiano com mais segurança. Por conta da importância de suas atividades, é necessário que haja um processo de adestramento altamente especializado em escolas próprias para isso. O treinamento é dividido em três etapas, sendo elas a socialização, treinamento e a instrução. Normalmente os cães são entregues aos seus tutores quando atingem dois anos de idade.

Para exercer o serviço de cão-guia, os animais precisam ser dóceis e inteligentes, com facilidade no aprendizado, boa memória, espírito de liderança e temperamento calmo. As raças mais utilizadas para este nobre trabalho são: Labrador, Golden Retriever e Pastor Alemão. Mesmo nessas raças, há seleções genéticas através de cruzamentos entre cachorros que já possuem habilidades especiais.

Quando os filhotes não se mostram aptos para esse tipo de trabalho, são liberados para vida normal de cão de companhia ou são doados para institutos que utilizam os animais para terapia com pessoas que estão internadas ou que possuem alguma deficiência.

Acredita-se que a utilização dos cães para esse trabalho acontece desde a época da Idade Média, quando foi encontrado uma gravura que mostrava um cachorro guiando uma pessoa cega. Mas, só após a Primeira Guerra Mundial, foi fundada na Alemanha a primeira escola de treinamento de cães-guia. A ideia surgiu após muitos soldados ficarem cegos nas batalhas por conta da ação de gases tóxicos.

Cães Terapeutas

Os cães terapeutas são animais treinados para ajudar pessoas que estão de alguma forma debilitadas ou com necessidades especiais. Eles podem ser muito úteis na recuperação de crianças internadas, com distúrbios psicológicos ou cognitivos, dependentes químicos em reabilitação, idosos em asilos e até pacientes com doenças crônicas graves internados em hospitais. No Brasil, essa prática é recente e tende a crescer cada vez mais por trazer resultados positivos. Em outros países, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, a ideia já é bastante difundida.

O objetivo da utilização desses cães é trazer benefícios físicos, emocionais, sentimentais e educativos. No caso dos dependentes químicos o trabalho é feito através do adestramento. Com isso, eles conseguem desenvolver valores e habilidades sociais que foram perdidos por conta do uso recorrente de drogas, como a empatia, a paciência e a expressão corporal. É interessante destacar que nesse trabalho o benefício é mútuo, pois os cães também são beneficiados.

Já o trabalho com crianças pode ser feito de duas maneiras, através de visitas ou como parte complementar de um tratamento. Os cães são fundamentais para tirar a tensão de uma sessão de terapia, que normalmente acontece em hospitais, onde o ambiente não costuma ser muito alegre. Além disso, ainda colaboram no desenvolvimento psicológico das crianças e estimulam a parte cognitiva através das brincadeiras. Em idosos, o trabalho estimula a motivação, conversação, memória e o aspecto emocional.

Diferente dos cães guias, não existem raças específicas para essa tarefa. Mas, algumas características são imprescindíveis. Os animais devem ser adultos, castrados, sociáveis e extremamente dóceis. Para garantir a segurança das pessoas que estarão em convívio com os cachorros, eles também devem ser treinados para não reagir de forma agressiva em situações que se sintam ameaçados. Além disso, ainda devem estar sempre acompanhados do seu tutor ou adestrador durante as visitas.

Cães de Resgate

A utilização de cães de resgate em tragédias é cada vez mais recorrente. Eles podem ser muito eficientes em diversas situações, como de desabamentos, avalanches e afogamentos. As principais características que possibilitam a participação dos cães nessas atividades são: força física e capacidade olfativa. Quando comparada a capacidade olfativa com a do ser humano, a diferença é grande. O homem possui cerca de 5 milhões de células sensoriais enquanto os cães possuem aproximadamente 200 milhões. Veja a seguir os dois tipos mais comuns de cães de resgate:

Cães Salva-Vidas: exerce função fundamental no auxílio aos salva-vidas aquáticos por conta da sua energia, determinação, persistência e força física. A raça mais utilizada no mundo é o Terra Nova. É uma raça de grande porte, que possui pelagem impermeável e musculatura avantajada, que proporciona a força necessária para passar por ondas e correntezas fortes. Além disso ainda é capaz de puxar diversas pessoas de uma só vez. A seleção desses cães é rigorosa e feita através de exames que mostram desde filhotes a sua estrutura muscular e esquelética. A segunda raça mais utilizada no mundo, e a mais comum no Brasil, é o Labrador, graças a sua grande aptidão na água.

Cães de Busca: são utilizados com o objetivo de encontrar pessoas desaparecidas em locais onde ocorreram tragédias. Geralmente, o animal não recebe nenhuma referência, ficando solto na área de busca a fim de sinalizar qualquer odor que possa significar vida humana. As atuações acontecem com maior frequência em desabamentos e avalanches. Para realizar essa tarefa, algumas características são fundamentais, como possuir boa capacidade olfativa, ser atento, calmo e equilibrado. As raças mais qualificadas são: Pastor Alemão, Pastor Belga e Labrador.

Benefícios da interação homem x animal

Como você pôde ver, os cães podem trazer muitos benefícios para o ser-humano. Além desses trabalhos citados acima, existe a principal função, a companhia. Ter um pet ao seu lado faz bem para a saúde.  Um estudo realizado na Europa mostrou que a terapia com cães para crianças de 7 a 10 anos inseguras ou com problemas de socialização foi muito benéfica para reduzir o estresse. O grupo que usou cães se saiu melhor do que o grupo que fez terapia com um ser-humano. Já um estudo australiano com 5741 participantes demonstrou que proprietários de pets apresentaram menores níveis de pressão arterial. Na pesquisa com pessoas acima de 60 anos de idade foram observados menores níveis de triglicérides em quem era proprietário de um animal de companhia ao comparar com quem não era.  

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